sábado, 28 de agosto de 2004

Minha cã

Acho que agora já tenho condições de contar o que aconteceu com a minha cã (cadela nunca, é sempre cã...he he he). Ela estava no Brasil, com meus pais, e outras duas cãs. Vocês já devem ter visto fotos de todas elas. Aparentemente, na semana passada ela começou a passar mal, e não comia nada. Minha mãe e minha cunhada levaram ela à veterinária que disse que ela estava desidratada e que precisava ficar pra poder tomar soro e medicamento intravenoso.

Minha mãe ia visitá-la todo dia de manhã, levava biscoitinhos pra tentar fazer ela comer, e nada. Ela ficava feliz em ver que ela estava lá, mas não comia. Passou quase uma semana assim. Na quarta-feira, minha mãe foi lá visitar e ela estava bem melhor, animada, feliz. Veterinária disse pra minha mãe que se ela comesse um pouco que fosse ela já podia voltar pra casa. Mas ela não comeu nadinha. Na quinta, quando mamãe chegou, ela já tinha partido. Disseram que ela tinha ficado pior e que começou a ter convulsões, e não resisitu. Disseram que ela tinha problemas no fígado, que provavelmente desenvolveu um tipo de cirrose.

Ela tinha menos de 10 anos. Mas era o meu bebê. Não sei quem ficava mais feliz quando a gente se via, se ela ou eu. Ela ficava no meu quarto, ou onde quer que eu estivesse. Ela subia na cama, e brincava e lambia. Era tantã! Nunca aprendeu a descer escada direito. Morria de medo. Não saia na rua nem amarrada. Tinha um pêlo lindo. Era alégica a picada de pulga! Ela tinha mania de botar o focinho embaixo da minha mão e "focinhar" até que minha mão estivesse na cabeça dela. Era o seu jeito de pedir cafuné.

Passei a noite de quinta aos prantos. E boa parte da sexta também. E agora escrevendo pra vocês fico com um sorriso no rosto de lembrar tudo isso, mas com um nó na garganta e umas lágrimas teimosas ainda rolando.

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