De uns dias prá cá, no Orkut, o passado voltou ao presente. Encontrei gente que eu não vejo a décadas, gente que eu conheço desde criança. Muito tempo significativo da minha vida foi passado com esse povo. Pessoal de uma cidade que eu nunca considerei como minha, ou como minha casa. Não falando da casa dos meus pais, mas da cidade em si, ela nunca me ofereceu nada além do básico necessário pra sobrevivência.
Encontrar esses velhos conhecidos é bittersweet - uma palavra que não tem tradução exata no português que eu me lembre, a não ser agridoce. Então, agridoce it is. Doce por trazer minha infância de volta, com sua falta de preocupação, com um espírito livre, coisas que só a infância oferece. Mas também traz de volta todas as suas inseguranças, todas as tolices, os desafetos, os desamores.
Fico aqui pensando se não é melhor deixar os esqueletos dentro do armário, fechadinho, com uma chave que se esquece onde se guardou...Ao contrário, escancaro as portas do armário e tiro todos esqueletos de dentro, deixo todos à mostra e ainda vou procurar por mais alguns. Talvez esteja na hora de deixar os esqueletos caírem, ver se eles viram pó...
É bom saber que hoje eu sei - na maioria das vezes - quem é bom e quem não merece nem meu perdigoto.
Por isso, esqueletos, podem parar de dançar.
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