Para mim, que nunca pensei seriamente em ter filhos (nunca fui muito chegada em crianças) é um desafio cada vez que vou ao Brasil e todos os amigos, parentes e até conhecidos inconvenientes ficam perguntado "cadê o neném??" "E o bebê quando vem?". Na maioria das vezes pego leve, mas sempre tem um que insiste na tal "necessidade" da mulher ficar grávida, porque o corpo pede, e outras coisas esdrúxulas que eu já ouvi. Tenho vontade de dar-lhe um murro, oras, não sou animal para não ter poder de decisão sobre o que eu quero ou não! Se outras mulheres tem essa "necessidade", bom (ou não) pra elas. Vá ver se eu tô lá na esquina.
Realmente, eu não penso em ter filhos. O custo/benefício não me atrai nem um pouco. Claro, nunca vou saber se gosto de ser mãe ou não até ter filhos, mas e se eu não gostar??? Prefiro não ter a amargar 20 anos de arrependimento. Não tem discussão, no ifs no buts, por enquanto estou feliz como estou. E feliz eu fico por ter amigas com lindos pimpolhos, posso dar beijinhos e adorá-los, mas fico feliz por saber que não tenho que levar pra casa.
O título do meu post se refere ao livro que fala exatamente disso, leia aqui (em ingles). Esse livro deve ser bom e cômico! Claro que não concordo com a teoria da autora que todas as crianças vão crescer e ser tornar a bunch of losers , mas sinceramente acho que ela põe no papel muitos dos meus próprios sentimentos. Muito desse sentimento da sociedade fazer a mulher se sentir como um pária se não tiver filhos, “Any dissident is suspect: neurotic, obsessed by her career, selfish or a lesbian”.
Bato palmas pros meus pais, porque até hoje não sei como eles conseguiram criar 4 filhos e botar todos na faculdade e comida na mesa e todos os outros mimos.
Eu quero ter a liberdade de escolha, sem peer pressure, sem gente dando palpite, todo dia, toda hora.
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Queria que as pessoas parassem de de perguntar coisas cretinas do tipo: "Já arrumou namorado?", "O casamento é pra quando?", "E o nenem quando vem?"...
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