segunda-feira, 28 de setembro de 2009

As coisas que funcionam

Tanto eu reclamo de quanto eu 0-d-e-i-o o sistema de saúde daqui, tenho que dar o braço a torcer e reconhecer que as vezes as coisas funcionam e que mesmo o Estado nos tratando como os devidos idiotas que somos, eles (talvez) se importam. Desde que cheguei aqui e me registrei no GP, religiosamente, de 3 em 3 anos recebo uma cartinha pra me lembrar de fazer o papanicolau (cervical screening).

Esse teste é aquele que previne contra o câncer uterino e que a gente tem que ficar lá olhando o teto fingindo estar tudo muuuuuito normal, enquanto a enfermeira coleta a amostra de dentro da perseguida.

Depois de algumas semanas do teste feito, vem outra cartinha dizendo que está tudo bem, ou se tem algo errado. Em geral eles não mandam carta se estiver tudo certo, mas se eles acharem qualquer tipo de infecção, ou outra coisa assim, agradável, eles mandam a gente ir ver o clinico geral.

Não dá pra imaginar esse tipo de cuidado no Brasil, em que bem ou mal, é cada um por si. Quem tem mais informação se trata, quem não tem, depende da boa vontade de um sistema de saúde que nem sempre é prestativo como deveria ser.

Um comentário:

}¡{ disse...

Kátia, tipo, aqui é capenga mas anda viu. Eu não posso reclamar, nem qdo demora semanas pra conseguir uma visita ao gino. Tive diversas vezes no hospital (durante as minhas gravideses) e sempre fui muito bem atendida. E mesmo qdo não era, foi melhor do que nada.
No Brasil o sistema de saúde tinha tudo pra dar certo se: todo mundo contribuisse (+ dinheiro pra melhoria da qualidade), a população fosse controlada (tipo em cidade grande tem mais gente do que a capacidade do hospital) e a contribuição fosse realmente atribuida a saúde pública ao invês de ser investida no churrasco de domingo de algum político fdp.
Um dia quem sabe né?
Bjs e boa semana x